GRADUAÇÃO DE RARIDADE DAS MOEDAS - CATÁLOGO BENTES | |
A procura por uma moeda pode aumentar significantemente seu valor. Uma moeda comum que é altamente estimada por colecionadores terá, sem dúvida, um valor maior que aquelas pouco procuradas. As moedas raras terão maior demanda que as antigas mais comuns. Por exemplo, algumas moedas bem antigas, apesar de sua idade, podem ser relativamente baratas em razão de sua abundância. Note também que o número de moedas produzidas não é indicativo da disponibilidade da mesma.
Devido às diversas vicissitudes(1) históricas (dispersão, retirada de circulação, fusão etc.), pode acontecer que determinadas moedas cunhadas em número elevado, com o tempo, venham a ser consideradas mais raras do que outras cunhadas em quantidades consideravelmente menores. Assim, o grau de raridade se refere à dificuldade em se encontrar determinada moeda, pelos diversos motivos citados.
No Catálogo Bentes, por exemplo, é graduada a raridade em conformidade com o descrito acima, indo desde as moedas muito comuns (CC ou C.2), até a peça única, passando-se pela classificação R.5 (RRRRR) que corresponde ao exemplar da mais alta raridade.
Não ser encontrada facilmente, não aparecendo muito no mercado ou a existência de poucos exemplares conhecidos não são argumentos suficientes para definir a raridade de uma moeda e indiretamente o seu valor. A lei da oferta e procura é que regula o mercado e determina o valor de um exemplar. Mesmo com variações, é a lei determinate. Assim, pode-se concluir que a raridade de um exemplar é, SIM, importante para o estabelecimento de um valor, mas não é determinante do mesmo.
(1) Vicissitude: Mudança ou diversidade de coisas que se sucedem; alteração.
Fonte: BENTES – Guia Oficial das Moedas Brasileiras - Rodrigo Maldonado - 8ª Ed. (2022)