NORMALIZAÇÃO INSTITUCIONAL - 1985 a atualidade |
No final de 1983 iniciou-se o movimento pelas eleições diretas para presidente da república, conhecido como campanha das "diretas já". No decorrer de 1984 a campanha mobilizou milhões de pessoas, em gigantescos comícios e passeatas em todo o Brasil. Mesmo assim, a emenda constitucional nesse sentido, apresentada pelo deputado Dante de Oliveira, do PMDB de Mato Grosso, não foi aprovada por falta de quórum. No dia da votação, o governo decretou o estado de emergência no Distrito Federal e em dez municípios de Goiás, inclusive Goiânia, e impediu a pressão dos manifestantes.
Em junho de 1984, o senador José Sarney renunciou à presidência do PDS e formou a Frente Liberal, que apoiou a candidatura de Tancredo Neves à presidência. Em agosto, a Frente Liberal e o PMDB uniram-se e Sarney foi escolhido como candidato a vice-presidente. O presidente eleito empreendeu uma viagem a vários países e ao voltar dedicou-se à organização do seu governo. Entretanto, na véspera da data marcada para sua posse, Tancredo foi internado num hospital de Brasília, para uma cirurgia. Em seu lugar, tomou posse, interinamente, o vice José Sarney. Depois de prolongada agonia, Tancredo veio a falecer em São Paulo, em 21 de abril de 1985, e um sentimento geral de frustração tomou conta do país.
Tão logo assumiu o governo, em 15 de março de 1990, Collor baixou o mais drástico pacote econômico da história do país, que bloqueou cerca de dois terços do dinheiro circulante. A inflação, após súbita queda, voltou a subir. A ministra da Economia, Zélia Cardoso de Melo, foi substituída por Marcílio Marques Moreira. Para os Ministérios da Justiça e da Saúde, foram convidados, respectivamente, Célio Borja e Adib Jatene. Com esses nomes, de excelente reputação moral e competência profissional, Collor tentou reaver credibilidade para seu governo. Nesse momento começaram as denúncias de corrupção em vários ministérios, que culminaram com as acusações, feitas pelo próprio irmão do presidente, Pedro Collor de Melo, de um gigantesco esquema de corrupção, capitaneado por Paulo César Cavalcanti Farias, tesoureiro da campanha presidencial de Collor.
Itamar tornou-se presidente num dos momentos mais graves da história brasileira. Além da crise política que colocou à prova a estabilidade das instituições, o país enfrentava também grandes dificuldades na área econômica, com recessão, desemprego e crescente inflação. Logo que assumiu, ainda interino, Itamar nomeou novo ministério (de caráter multipartidário, para tentar garantir apoio do Congresso) e baixou medida provisória destinada a reverter a centralização administrativa estabelecida pelo governo Collor: superministérios como os da Economia, Fazenda e Planejamento e o da Infra-estrutura foram desmembrados. O novo mandatário também tomou iniciativas destinadas a moralizar a administração pública, tais como a criação do Centro Federal de Inteligência (CFI), destinado a combater a corrupção no governo, a Auditoria-Geral, com a função de fiscalizar o uso dos recursos públicos, e a Ouvidoria-Geral, que receberia da população denúncias sobre irregulares no governo.
Lançado o real em 1º de julho e com a estabilidade econômica que se seguiu, a popularidade de Fernando Henrique Cardoso, o que lhe permitiu derrotar Luís Inácio Lula da Silva logo no primeiro turno da eleição, com 54,30% dos votos contra 27,97%. No Congresso, a coalizão de Cardoso assegurou 36% das cadeiras da Câmara e 41% das do Senado. Enquanto isso, o governo tomava uma série de medidas para proteger a nova moeda, como a restrição ao crédito (para coibir excesso de consumo) e liberalização das importações (para evitar desabastecimento e estimular a concorrência). Fernando Henrique Cardoso tomou posse como presidente em 1º de janeiro de 1995, com um programa de reformas que incluía o fim do monopólio estatal nas áreas de petróleo, transporte, energia e telecomunicações; reforma da previdência social; privatização de empresas estatais; a reforma fiscal; e reforma da administração pública.
PRESIDENTES | |
Tancredo de Almeida Neves (faleceu antes da posse) | (15/03/1985 a 15/03/1985) |
José (Sarney) Ribamar Ferreira de Araújo | (15/03/1985 a 14/03/1990) |
Fernando Affonso Collor de Mello | (15/03/1990 a 01/10/1992) |
Itamar Augusto Cautiero Franco | (02/10/1992 a 31/12/1994) |
Fernando Henrique Cardoso (1º mandato) | (01/01/1995 a 31/12/1998) |
Fernando Henrique Cardoso (2º mandato) | (01/01/1999 a 31/12/2002) |
Luís Inácio Lula da Silva (1º mandato) | (01/01/2003 a 31/12/2006) |
Luís Inácio Lula da Silva (2º mandato) | (01/01/2007 a 31/12/2010) |
Dilma Vana Rousseff Linhares (1º mandato) | (01/01/2011 a 31/12/2014) |
Dilma Vana Rousseff Linhares (2º mandato) | (01/01/2015 a 11/05/2016) |
Michel Miguel Elias Temer Lulia | (12/05/2016 a 31/12/2018) |
Jair Messias Bolsonaro | (01/01/2019 a 31/12/2022) |
Luís Inácio Lula da Silva (3º mandato) | (01/01/2023 a ) |
Fontes: https://pt.wikipedia.org/; antigo site "nomismatike"